quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dança do Piauí rumo a Belém do Pará.

Só Homens cia. de dança é convidada Especial do Festival Dança Pará, o grupo formado por seis bailarinos viaja hoje para certamente representar o Piauí de forma triunfal, a companhia que conquistou o premio de melhor bailarino não-clássico com Adriano Abreu no 13º Festival de Dança de Teresina, segue para a capital do Pará e se apresenta nos dias 13 e 14 na abertura das respectivas noites. Nesse período a cidade se transforma na Capital Nacional da Dança segundo os organizadores, com inúmeros grupos, oficinas, workshop, debates e claro muita dança. Essa é uma ação do Coletivo Piauí Dança. Outra presença piauiense no evento é a do coreógrafo e bailarino Valdemar Santos que apresenta o solo Teresinança dia 14, e ministra uma oficina de consciência corporal no mesmo dia além de fazer parte da banca julgadora do Festival nos dias 13, 14 e 15. O festival tem formato bem parecido com o de Teresina, algo que caminha para a profissionalização, com atenção especial a participação de dança da 3ª Idade e Populares, a coordenação do evento vem a três anos construindo uma parceria que representa muito para os dois estados Piauí e Pará, em 2007 a Cia. Equilíbrio de Dança e Escola de Ballet Helly Batista, marcaram presença conquistando prêmio de melhor bailarina Suzy Clara da Escola de Helly Batista e a Cia. Equilíbrio convidada especial do evento. Ano passado Valdemar Santos fez apresentação do solo Estudo Sobre o Corpo Nº 0224.





Esse é sem duvida mais uma forma de marcar presença em todas as regiões, alguns no Rio de Janeiro, outros na Vila da Paz, alguns em Bom Jesus, aqueles em Belém, Muitos em Amarante, é certo que ainda nos falta muito para conquistar mais também, é certeza que todo esse trabalho e visibilidade se dar pelo trabalho de excelente qualidade desenvolvida pelos profissionais do Piauí. É também reflexo de muito trabalho desenvolvidos por um tal de Sidh Ribeiro, ou Lenir Argento, de uma Luzia Amélia, daquele Marcelo Evelin, da Berna ou da Marinez, sem esquecer do Julio César e do Helly Batistas, muitos foram os resultados desse formadores, muitos foram os reflexos, os deboches os fuxicos as cobrices e certamente os conselhos e encaminhamentos, que resultou numa geração diferente, mais evoluída, com outros pensamentos, pode não ser melhor mais é diferente, pessoas menos apegadas, mais largadas, que pensam no coletivo, que buscam aglutinar, que apostam e arriscam mais, querem ousar, querem ir além, serem convidados e dar o melhor, fazendo nossa história, seja com Layane, como Juliana e Nazilene, ou Lorena, quem sabe o Adriano ou Cléo, até mesmo uma Kiara um Valdemar mais Weyla, um Marcelinho ou mesmo uma Luciana.




Outra certeza é que o Piauí não conhece sua dança e que a dança aqui ainda é feita só na capital, viramos as costas pro interior do nosso estado, seja para o Sul ou para o Norte, nos voltamos para fora, o melhor professor é de fora, o melhor bailarino é de fora, a melhor idéia é de fora ou até mesmo o profissional só é respeitado e valorizado se for pra fora, ninguém quer ir dança em Angical? em Dom Inocencio? Cajuiro? Esperantina? Redenção? São José do Divino? Agricolândia? Não conseguimos formação profissional e ainda não entendemos de projetos e leis, somos ainda amadores em muitos sentidos, não cobramos contratos, não brigamos por respeito e espaço, somos acomodados. Precisamos acordar e reagir, abrir a cabeça e pensar de forma universal, estudar seja o que for, sair da frente da tv e ler, saber usar a internet a seu favor, buscar cada vez mais fazer o que não sabe, se interessar em aprender sempre.


Se não der pra mudar essa geração, que venham com Alefs, Yulis, Maiaras, Alexs ou mesmo Geovanas, Jorges, Camilas, Brunas, Tiagos e quem mais poder ou quiser.

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