segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sábado sem sol 10h de uma manhã linda no Rio de Janeiro, estamos nós no Museu da Republica avaliado os sete meses de trabalho dentro do Projeto Colaboratório 2010. Cansados depois de muito trabalho ao longo do ano... O desgaste emocional evidente, o desafio de está juntos interagindo, as diferenças que se evidenciaram, as imposições, a clareza e falta de clareza nas propostas, o estímulo mútuo, os apegos e “predileções”, agora avaliar tudo é importante e necessário. Foi bom poder ter ali um lugar pra entender o processo na cabeça do outro no fim dessa jornada tão intensa e rica. Foi uma pena não estarem todos colaboradores, mais entendo que em meio ao Panorama e com tantas atividades acontecendo simultaneamente ficou impossível juntar todos, o que não desmerece a importância do nosso ultimo encontro formal, agora cada um volta pra sua realidade para sua cidade, seus trabalhos e desafios de continuar seus caminhos.

Quero começar retomando o momento em que soube do projeto, li o edital e comecei a escrever minha proposta. Na época tinha muito o interesse e a curiosidade na possibilidade de criar em coletivo, tinha também um desafio de me colocar disponível para novamente trabalhar em um grupo tão numeroso e “parafraseando Vitor” muitos matizes. Lembro que se instaurou no primeiro encontrão em Luis Correia uma ansiedade de colaborar de entender como se colocar diante desse exercício que exige muitas entregas e abandonos. Na prática exercitamos a articulações entre eu e o nós, uma sintonia que acontece de várias maneiras, uma dinâmica coletiva só se cria ao longo do tempo e no caso do colaboratório foi necessário nos adaptar com mais frequência a essa mudanças, pois o processo era muito dinâmico com troca de cidades e de orientadores a cada nova residência, nos fazendo compreender melhor a distinção de trabalho, escolha e potencia na interação de idéias. Lá também se instaurou o fantasma da criação coletiva, era necessário aprofundar suas propostas inscritas assim como interagir nas propostas alheias com o perigo de cair na mediocridade, pois existe uma falsa idéia de que mostra um processo coletivo é qualquer coisa, e se cai facilmente na obscuridade, já que se trata de um “processo” se tira dali a expectativa de algo pronto, o que pode ser uma grande armadilha. Como dar o devido peso as coisas? Que energia é necessário ter para, por exemplo, desenvolver e mostrar um processo? E se for um espetáculo? Sei que perguntas como essa são muito complexas e continuaremos buscando-as, até por que nos foi necessário entender e buscar o esforço devido para que a todo tempo os processos saíssem da potencia e se transformassem em ação.




Muitas vezes as idéias não se estabeleciam como processos e ficaram frágeis por um longo tempo, a autonomia fica inconsistente e a ação criativa e de definições de cada projeto pessoal se estrutura de muitas maneiras, na motivação tanto pessoal quanto do coletivo, em entender a si e o coletivo, a idéia de transito livre entre os processos. Tudo pode vir a fragilizar algumas propostas e/ou fortalecer outras. Quero levantar uma questão importante para as próximas edições. Como podemos descobrir mecanismos e condições favoráveis para que o colaboratório chegue mais forte ao final? Como embutir um estado de autonomia individual que reverbera no coletivo e respeito ou trabalho do outro? Penso que nas próximas edições o processo seja mais curto e mais intenso a exemplo das imersões onde estávamos disponíveis e com condições igualitárias de trabalho e dedicação.

Lembro quando começamos esse processo todos estavam entregues as novidades isso é natural, a convivência desgasta e levar as relações com ética e respeito pelo outro pode ser difícil com a rotina. Pra mim por tanto está em coletivo é me motivar mutuamente e se deixar contaminar, se deixar envolver pode ser mais fácil para alguns que para outros. O certo é que às vezes se faz necessário mais que uma opinião é preciso se aprofundar mais na questão e fazer uma analise mais critica da situação. Para se colocar como artistas é fundamental entender o que o motiva a ser artista, é crucial entender que o artista trabalha com relação ao tempo presente, isso deve ter relação direta com a forma de como esse artista se relaciona com os conflitos e problemas que ele elabora do seu presente. Existem várias formas de problematizar esse contexto, sendo mais amplos com as relações que temos tentamos sempre identificar os próprios desejos transformando-os na sua realidade, na prática artística existe sempre presente questões referentes a aspectos políticos e sociais com mesmo peso nos dois contextos. O que identificamos, diagnosticamos, cutucamos, ferimos, ou evidenciamos no nosso presente é então o resultado da nossa arte.

Fecho esse processo feliz e com certeza da “missão” comprida, satisfação de fazer parte desse projeto tão rico que certamente engrandeceu minha formação artística, me abriu para novas possibilidades e me deu novos amigos de profissão. Parabenizo a toda equipe de coordenadores e produtores. Agradeço pela contribuição e atenção dos orientadores e principalmente agradeço a possibilidade de trabalhar com artistas tão diferentes e re-descobrir o sentido da colaboração, estou agora em Teresina num feriado de chuva calma e clima ameno. Acaba o colaboratório 2010 formalmente, mais me deixo sempre aberto e disposição e sei que manteremos mais contatos, é apenas o começo de muitas possibilidades.


Valdemar Santos, Teresina 15 de novembro de2010.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PROJETO: PF de arte

PLATAFORMA PARA EXIBIÇÃO DA ARTE PIAUIENSE.


1. APRESENTAÇÃO:

É uma ação da Organização Ponto de Equilíbrio para exibição da arte piauiense na sede da OPEQ que fica localizada no restaurante da ENGERPI/ADH, Av. José dos Santos e Silva 1085, centro de Teresina. A idéia é adequar à estrutura e serviço existentes no espaço e oferecer ao público uma programação cultural diversificada. Será cobrado o valor de oito reais no ingresso que dar direito a um almoço com suco e assistir uma apresentação artística, sendo que a cada edição teremos duas sessões o que dá mais oportunidade de disponibilidade de acesso do público alvo.


2. JUSTIFICATIVA:

A arte no Piauí vem sendo produzida nos últimos anos de forma muito intensa, conquistando destaque fora do Estado, por exemplo, a Cia. Equilíbrio de Dança (PA, CE, RJ, AM, PR) e Grupo Harém de Teatro (SP, RJ, CE, PE, DF), porém ainda é desconhecida pela população do seu próprio Estado. Nos últimos anos a classe artística vem se mobilizando e buscando formas alternativas e coletivas de levar seus trabalhos para um público maior por tanto, a OPEQ em parceria com artísticos locais elaborou um cronograma de apresentação a ser apresentado para o público que freqüenta o restaurante no horário do almoço.


3.OBJETIVO:

Oferecer ao publico comerciário que almoça no centro, a possibilidade de utilizar seu horário de almoço para assistir uma atração artística genuinamente piauiense (Dança, Teatro, Cinema e Musica). Quebrarmos a rotina dos comerciários de forma original e criativa. Criar espaço adequado para apresentação dos artistas do Piauí.


4. METODOLOGIA DE TRABALHO:


O projeto tem uma edição mensal, que acontecerá numa sexta e as apresentações terão em média meia hora, na programação mesclaremos trabalhos de diferentes estilos e linguagens. As pessoas que precisam ficar pelo centro para almoço terão agora a oportunidade de conhecer e valorizar a cultura local, além também de criar mais um espaço para profissionais do Piauí mostrar suas produções artísticas.


5. ORÇAMENTO:

Valor unitário do ingresso: R$ 8,00 (oito reais)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O "Corpo Inclusivo" é um projeto da Prefeitura de Teresina por meio da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor e tem como principal objetivo oferecer as pessoas com deficiencia um vivencia em arte, por meio da dança, da musica, das artes plásticas e do teatro, uma tentativa de incentivar a inclusão de pessoas com deficiencia na arte, tendo em vista que a arte é sem dúvida um importante veículo inclusão social, troca de informações, luta de classe, etc. A idéia do projeto é oferecer na Casa da Cultura de Teresina aulas permanentes de dança, teatro e artes plásticas, e no Palácio da Musica aulas permanentes de musica, (coral e pífano) ambas voltadas para pessoas com deficiência (visual, auditiva e física). Temos garantido espaço adequado para desenvolvermos as aulas e criações, pois também é objetivo do projeto exibir material desenvolvido durante as aulas e dessa forma prestar contas do projeto de forma criativa e inclusiva. A escolha da casa da cultura e do palácio da musica são também estratégicas pois nesses espaços já são desenvolvidos inúmeras ações sólidas de muito sucesso, por exemplo, o Balé da Cidade de Teresina e a Orquestra de Teresina, o projeto pretende dialogar diretamente com esses grupos e buscar um forma de, em parceria, desenvolver mais ações que possam incluir as pessoas com deficiencia. Esse um trabalho importantíssimo que vem tendo muito destaque nos últimos anos, temos no Brasil inúmeros projetos nesse sentido com importantes resultados. No Piauí são poucas ações que apostam na arte como essa ferramenta, agora como o projeto Corpo Inclusivo temos aqui em Teresina uma referencia nesse sentido, pois a idéia do projeto é ir se fortalecendo e se consolidando com muito trabalho. O importante é que nesse projeto temos a construção de um sonho de igualdade e principalmente de respeito e oportunidades. A arte na história da humanidade sempre foi um potente instrumento de inclusão social, é também local de se levantar questões referentes a vida, sendo principalmente um lugar de lutas e protestos. Buscamos construir um projeto que seja aberto e que saiba trabalhar o coletivo, um projeto que consiga dialogar com os artistas da cidade e que busque parceiros para se fortalecer.

Buscando crescer ainda mais essa ação, os coordenadores do projeto Luis Carlos Vale e Valdemar Santos juntamente com os professores Daniel Moura e Juliana França tiveram um atividade bem especial na Associação dos Cegos do Piauí, onde apresentamos os objetivos do projeto para o público ali presente, cerca de 40 pessoas participaram da ação, ficamos sabendo nessa visita que já foi realizado alí dois projetos desse tipo, um desenvolvido pela UESPI de dança, e outro de Teatro por tanto muitos já se sentem atraídos pela idéia de fazer alguma atividade artística. Construímos um circulo e depois expondo nosso cronograma de atividades, explicando os dias e horários que cada turma funcionará e principalmente convidando as pessoas para se incluírem no projeto. Em seguida estimulamos os presentes a participar de uma atividade corporal, um aquecimento com alguns exercícios de conscientização do corpo, e pra finalizar tivemos uma aula de dança de salão. Foi uma surpresa para todos o resultado dessa ação, que nos mostrou um panorama do potencial artísticos do ser humano, ali podemos ver corpos impressionantemente disponíveis a pratica corporal, pessoas com sensibilidade e ritmo, que tem uma noção incrível de lateralidade e que se deixam contaminar pelo prazer do momento e dos movimentos. Saímos de lá com muitas impressões boas, deu pra perceber o valor e dimensão que o projeto pode alcançar.

(Valdemar Santos, idealizador do projeto)

Serviços:
Projeto Corpo Inclusivo

Aula de Dança de Salão, (Daniel Moura)
Dias e horários: Segunda e quarta 10h. sábado 9h. Aulas permanente, as inscrições poderão ser feitas nos horários das aulas.

Aula de Dança Contemporânea, (Juliana França-SP): Segunda, quarta e sexta 15h. Aulas permanentes, inscrições na hora da aula.

Local: Casa da Cultura, Praça Saraiva, Centro de Teresina. contatos: 8838 5099. 9994 1543.



Coordenação: Valdemar Santos e Luis Carlos Vale.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Projeto Duo em Tripé foi o único projeto contemplado em arte cênica DANÇA do estado do Piauí, no Programa BNB de Cultura – Edição 2010 – Parceria com BNDES e foi idealizado por Luis Carlos Vale, coreógrafo do Piauí.
O Projeto “Duo em Tripé” traz um trabalho de exibição de dois corpos distintos em suas peculiaridades que se despedem dos preconceitos e faz do corpo um instrumento de comunicação útil a sociedade.

O dueto e um trabalho entre uma pessoa portadora de necessidade especial (cadeirante) e um bailarino, parceria entre os artistas Meirilane Dutra e Luís Carlos Vale, mas um convidado especial Flavio que é uma pessoa com deficiência auditiva.




O trabalho tem como objetivo principal oportunizar as pessoas com deficiência a desenvolver e expor seus potenciais artísticos, elevando a auto-estima e oferecendo ao público oportunidade de lazer e cultura com apresentações de espetáculo de dança seguida de palestra e debate, bem como fazê-lo refletir sobre as dificuldades e possibilidades das pessoas com deficiência.



O Lançamento e Estreia do Espetáculo acontece no dia 21 de setembro, “Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência” no Teatro João Paulo II às 19 horas com entrada franca.

O Projeto espetáculo será realizado em cinco Vilas da cidade de Teresina em praça pública, são elas: Vila Mariana dia 22, Vila da Paz dia 23, Vila Irmã Dulce dia 28, Vila do Avião dia 29 e Vila Operária dia 30 todos no mês de setembro às 17 horas. O circuito de atividades visa valorizar os locais das apresentações como também as pessoas que vivem nestas vilas da cidade levando arte de qualidade para todos.
O espetáculo Duo em Tripé é uma iniciativa da Organização Ponto de Equilíbrio incluso no Projeto Dança Eficiente com parceria com a Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves dentro da Coordenação do Projeto Corpo Inclusivo e apoiado pela Gama Refrigeração, empresa de Teresina.

Tendo como Diretor e idealizador Luís Carlos Vale,
intérpretes Luís Carlos Vale, Meirilane Dutra e Flavio Soares,
Coreógrafos Luís Carlos Vale, Daniel Moura e Valdemar Santos,
Figurino Danilo França,
Fotos Michele Tajra,
Produção Mariselha Resplandes,
Produção de Audiovisual Ricardo Sousa,
Consultora Laurita Vale e
Designer Gráfico Jonathans Teixeira.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Projeto Danças Populares da Cidade de São José do Divino ganha Prêmio no Edital de Seleção de Microprojetos Culturais


O Projeto Danças Populares da Cidade de São José do Divino ganha Prêmio no Edital de Seleção de Microprojetos Culturais que tem por objeto o apoio financeiro pelo Instituto Nordeste Cidadania, com recursos do Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura com participação do Governo Federal, Fundação Nacional de Artes, Banco do Nordeste do Brasil, Fundação Cultural do Piauí e Governo do Estado do Piauí tem também o apoio da Organização Ponto de Equilíbrio, Prefeitura de São José do Divino através da Secretaria de Educação e Cultura e Gama Refrigeração, empresa de Teresina.
O projeto tem como objetivo Iniciar jovens de escolas públicas no universo da dança através de oficinas, estudos, debates e apresentações de danças, estimulando-os a desenvolver suas potencialidades artísticas. As atividades do Projeto Danças Populares foram iniciadas na escola Clarindo Machado Sampaio, São José do Divino-PI, oferecendo oficina de danças populares para mais de cem crianças e adolescentes do município, sendo selecionados 32 alunos para participação e criação do espetáculo Divino.
O Espetáculo o Divino retrata a Festa do Divino Espírito Santo que é um culto ao Espírito Santo, em suas diversas manifestações, é uma das mais antigas e difundidas práticas do catolicismo popular, tem sua origem em Portugal do século 14, com uma celebração estabelecida pela rainha Isabel (1271-1336) por ocasião da construção da igreja do Espírito Santo, na cidade de Alenquer. A devoção se difundiu rapidamente e tornou-se uma das mais intensas e populares em Portugal. Por isso, chegou ao Brasil com os primeiros povoadores. Há documentos que atestam a realização da festa do Divino em diversas localidades brasileiras desde os séculos 17 e 18.
Nossa montagem estréia dia 5 de setembro, domingo, às 17 horas na praça da Igreja Matriz e circulará em 5 escolas públicas nos dias 6 e 7 nos turnos manhã, tarde e noite. Tem como Diretor e idealizador Luís Carlos Vale, Coreógrafos Luís Carlos Vale e Valdemar Santos, Direção Musical Vagner Ribeiro, Figurino Danilo França, Fotos Michele Tajra, Produção de Audiovisual Ricardo Sousa, Consultora Laurita Vale e Designer Gráfico Jonathans Teixeira.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010



A Prefeitura de Teresina por meio da Fundação Cultural Monsenhor Chaves abre inscrição para o projeto "Corpo Inclusivo" que tem como principal objetivo, oportunizar que as pessoas com deficiência revelarem suas potencialidades artísticas através da dança, do teatro, das artes plásticas e da musica. Incluindo-os na sociedade por meio da cultura com a perspectiva de abrir espaço e dando oportunidade para que eles mostrar seus potenciais artísticos e garantindo-lhes o direito a arte, entretenimento, e profissionalização através da arte. O projeto promove também a convivência social das pessoas com deficiência proporciona o contato com outros espaços culturais da cidade, e com artistas.

Inicialmente serão oferecidas aulas de Dança de Salão segunda e sábado as 10h e na quarta as 14h. Dança contemporânea segunda, terça, quinta e sexta as 15h. Todas as aulas aconteceram na Casa da Cultura que está sendo reformada e adaptada para acolher o projeto.

A dança como prática social é usada historicamente para expressar e transmitir sentimentos, emoções e conhecimentos. É uma linguagem do corpo usada em diferentes esferas como na religião, no trabalho ou na guerra. Por ser uma linguagem da emoção, modela e acalma o corpo, dando visibilidade aos estados da alma e contagiando o grupo, até que todos compartilhem as mesmas emoções.

A Cia. Dança Eficiente é um projeto em parceria da Organização Ponto de Equilíbrio e Associação dos Cadeirantes do Município de Teresina – ASCAMTE e tem a frente os profissionais Valdemar Santos e Luis Carlos Vale que desde 2005 realiza um trabalho voluntário de dança com cadeirantes, resultando num belíssimo processo de inclusão social sendo também pioneiro em Teresina. O projeto tem como objetivo principal oportunizar as pessoas com deficiência desenvolver e expor seus potenciais artísticos, elevando a auto-estima e oferecendo ao público um trabalho original, criativo e pioneiro no Estado.

Portanto, a execução do Projeto “Corpo Inclusivo” vem proporcionar a inclusão sócio-cultural e diversão, incentivando as pessoas com deficiência para que possam revelar e estimular seus potencias artísticos, bem como, propiciar ao público teresinense oportunidade de lazer cultural com as apresentações de espetáculo de dança.




Criar uma turma de dança para pessoas com deficiência na Casa da Cultura centro de Teresina.

Oferecer condições de acessibilidade a pessoa portadora de necessidades especiais á dança.

Valorizar o trabalho corporal desenvolvido com as pessoas com deficiência, ajudando a dissolver preconceitos.

Incentivar o fazer artístico das pessoas com deficiência.


Motivar a criação de novos trabalhos, possibilitando a multiplicação de experiências e a valorização do trabalho artístico;

Ampliar e garantir políticas sociais para a pessoa com deficiência;

Retirá-los da ociosidade, transformando-os em agentes de produção cultural;




Mais informações ligue: 8838 5099/ 9994 1543 (valdemar santos)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

corpo inclusivo

A Fundação Cultural Monsenhor Chaves e Prefeitura de Teresina lançam hoje no Palácio da Musica de Teresina o projeto "Corpo Inclusivo". Que tem como objetivo principal oferecer as pessoas com deficiência aulas de Dança de Salão, Teatro, Musica e Dança Contemporânea. De forma continuada com intuito de formar artistas nessas áreas.

O lançamento do Projeto acontece hoje as 16h e conta com apresentações artisticas e culturais que envolvem pessoas com deficeência como: Dança Eficiente, APAE, Coral de Surdos e o coquetel tem no fundo musical Catora Cega Marioda, figura bem popular que toca orgão na Praça Rio Branco no centro de Teresina.

A iniciativa terá a frente os profissionais Valdemar Santos e Luis Carlos Vale que coordenarão o projeto, eles foram convidados pela presidente da FCMC Laurenice França por já virem desenvolvendo desde 2005 o Projeto "Dança Eficiente" que trabalha especificamente com cadeirantes e com dança contemporânea especificamente. No projeto "Corpo Inclusivo" o desafio que os artistas terão é de trabalhar com mútiplas deficiências e com a mistura de linguagens artísticas. O certo que a Fundação tem investido muito nesse projeto e acreditamos ser o carro chefe dessa gestão. Pois até então não tinhamos nenhuma ação voltda para essa parte da população, é certo que hoje a pessoa com deficiência tem sido tratada com mais dignidade mais são ações assim que ajudam ainda mais a diminuir o preconceito e também inclui por meio da arte as pessoas com deficiência.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Espaço Ponto de Equilibrio

Oficinas de Agosto

 Manhã

Balé Clássico – Segunda e Quarta às 8h – Janaira Oliveira

Projeto Dança - Segunda e Quarta às 9:30h – Janaira Oliveira

Rede Equilíbrio (Dança) - Sexta às 9h – Michele Tajra


 Tarde

Pintura Artística em Camisa – Segunda e Quarta às 15h – Avelar Amorim

Teatro – Terça e Quinta às 16h – Franklin Pires

Balé Clássico – Segunda e Quarta às 17h – Carla ...


 Noite

Dança Contemporânea – Segunda e Quarta às 18h – Ana Cecília (Bolívia)

Ateliê de Criação (Dança) – Terça e Quinta às 18h – Juliana França (São Paula)

Ateliê de Criação para Criança – Sexta às 18h – Juliana França (São Paula)

domingo, 18 de julho de 2010

Sugestões a todos: Dormir e faxinar

Depois de um longo tempo "ligado na tomada" num pique acelerado de trabalho onde, cada minuto era contabilizado minuciosamente para não deixar nenhum compromisso de lado. Colaboratório 2010, Organização Ponto de Equilíbrio, Ponto de cultura de Amarante, Dança Eficiente, Aulas na UFPI, Montagem do espetáculo “Amarante nossa de cada dia”, Fórum Piauí Dança UFPI, Escola de Dança Nação Tremembé, ufa. Ontem tive um momento de descanso, depois de muito tempo dormindo e acordando com despertador do lado, pude ter mais de 14 horas de sono merecido. Como é importante se dar um momento desses para deixar o corpo embernar sem interrupção, eu precisava disso pra adormecer as idéias e fazer uma faxina no corpo e na mente. Hoje acordei disposta a dar uma faxina no apartamento e amadurecer meus projetos, principalmente o do colaboratório.




Segunda semana com Julia. Ela nos deu espaço para desenvolvermos nossos projetos pessoais, divididos em grupos pudemos ter um espaço adequado para amadurecer nossas idéias e propor exercícios aos colaboradores para que nossos projetos pudessem dar outros passos. Foi muito rico, fiquei no grupo com Juliana, Cleide e Daniele, propus que todos criassem uma biografia que misturasse realidade e ficção para que a partir dessa biografia pudéssemos elaborar um carão para aquele personagem que é um misto de verdade e invenção. No passo seguinte tivemos um momento para exercitar e criar o carão ideal para os personagens da biografia que criamos, o resultado foi surpreendente. Como Julia falou, deu espaço para descoberta de novas possibilidades e potenciais que eu mesmo desconhecia. Depois criei e passei uma técnica de relaxamento e aquecimento facial para dar a cara o estado quase neutro para daí nascer o carão. Claro que tudo com a leveza e humor necessário, fomos aos poucos adquirindo um resultado positivo, tanto que no dia seguinte fizemos um ensaio fotográfico para além do registro, pudermos ter material de estudo para esse trabalho que nos abriu muitos caminhos para a surpresa.



Penso que nas atividades como a faxina damo-nos um momento intenso de reflexão e de desprendimento, nesse processo temos contato com abjetos esquecidos há muito tempo como: um aparelho portátil de tocar cd (bem antigo e sem uso), muitos documentos inválidos, panfletos e cartazes de espetáculos fora de cena, canetas que não funcionam mais, fita cassete, CDs com documentos importantes, coisas que precisava encontrar e claro muitas que precisava jogar no lixo. Se desfazer de coisas velhas é sempre um prazer pra mim, tenho nesse processo a sensação de deixar aberto espaço coisas novas. Isso nos deixa livre para ter novos apegos, novos lixos, tira as teias de aranha às vezes me deixa triste, pois sei que destruo um lar, ou a possibilidade de alimentar aquele ser vivo (a aranha), tão frágil, tão habilidosa, tão imperceptível e as vezes insignificante. Ou não!!! (como diria Joubert, parafraseando Caetano)



A faxina nos faz ver coisas que não vemos normalmente, ver o micro, o que ta do lado, morando conosco e não percebemos, sugiro a todos uma faxina, na casa e na vida, também eu proponho que desligarem seus despertadores e durmam sem pressa de acordar. O carão agradece.




Bom domingo e feliz aniversário para nossa orientadora Julia Barsdley,muito calor pra você!!!

domingo, 11 de julho de 2010

OFICINA DE TEATRO COM FRANKLIN PIRES COMAÇA SEGUNDA E VAI ATÉ SEXTA FEIRA, 16H.





Franklin Pires realiza essa semana na Organização Ponto de Equilíbrio uma oficina de Teatro para pessoas que queiram desenvolver um trabalho de corpo, voz, improviso e jogos teatrais que ajudam na concentração e orientação espacial, isso não significa dizer que a oficina seja voltadad para profissionais, pois ela será aberta ou publico que queira conhecer mais seu corpo e despertar para as descobertas de seus potenciais artísticos por meio de exercícios e técnicas que Franklin vem acumulando ao longo de sua formação que começou a mais de treze anos com oficina de teatro com Arimatan Martins. Depois fez temporada de capacitação no Rio de Janeiro onde pode ter contato com grandes nomes do Teatro como Ernesto Piculo onde pode participar da criação e apresentação de um musical, depois dessa experiência ao retornar pra Teresina começa a produzir suas peças e conquistar seu espaço de forma criativa original e com muito humor, política e criatividade. Em parceria com Bid Lima vem escrevendo uma belissima história de competência artística e independência produtiva. O certo é que aqui começamos uma bela parceria com esse grande profissional do Piauí.




Atualmente ele é diretor, ator e produtor da Cia de Teatro da Tribo que já existe há dez anos e é responsável por muito movimento nas artes cênicas local, tem se especializado nos últimos anos na produção de musicais de sucesso em Teresina como: Franklinstein Jr. e Coração Saltimbanco, que tem patrocínio da Petrobras, através do prêmio Myrian Muniz, e ainda da Funarte, Governo do Estado do Piauí, através do Sistema de Incentivo Estadual à Cultura – SIEC. Também é ele o responsável há cinco anos pelo espetáculo Paixão de Cristo de Bom Jesus que acontece no salão da serra naquela cidade, onde ele também desenvolver um importante projeto social em parceria com Associação de Filhos e Amigos de Bom Jesus, levando para crianças e adolescentes a possibilidade de conhecer e estudar teatro.



Iniciamos com essa oficina um trabalho que tem como objetivo dar espaço para que os profissionais de todas as áreas se encontrem e troquem informações por meio de oficinas, palestras, mostra de processos e tudo que possa dar visibilidade a nossa arte.

Franklin Pires seja bem vindo a ORGANIZAÇÃO PONTO DE EQUILÍBRIO.

terça-feira, 6 de julho de 2010

5ª Residência do Colaboratório 2010

Embora oficialmente agora seja a terceira residência, na minha contagem é a quinta. Contem comigo: primeira Crhistine Greiner, segunda Jorge Alencar, terceira Marcelo Evelin, quarta Ricky Seabra e quinta Julia Barsdley. É certo que vendo por outro lado pode ser a segunda depois da imersão ou mesmo a primeira com uma pessoa de língua “incompatível” o fato de Julia só falar inglês é uma particularidade dessa residência que agora precisa de um interprete para que a comunicação aconteça. Por meio do interprete soube que Julia pretende abrir espaço para colaborar trabalhando e da melhor maneira buscar o que pode ser mais produtivo para os colaboradores/criadores, ela faz questão de nos conhecer antes do trabalho, se preocupa com a estrutura da apresentação/ação. Julia gosta de estar de fora, ajudando como olhar externo, vem questionar e sugerir a relação com espaço e estabelecendo regras, atenta a relacionamento com espectador. Sobre o que somos em relação aos nossos projetos e como nos achamos dentro deles ou se só fazemos parte do todo. Ela sugeriu uma reflexão sobre nossos projetos e interesses pessoais.



Primeiro Julia se apresentou contando que teve inicio no teatro, sempre buscou fazer teatro da sua forma, apostando nas infinitas possibilidades de construir e apresentar uma cena. Depois mostrou em vídeo seus trabalhos. Primeiro assistimos em preto e branco pois ninguém conseguia configurar o colorido da TV, isso deu um toque nostálgico nas cenas, Julia tentava explicar a luz e as cores das imagem, mais logo Jacob e Bebel buscam seu aparelho e então podemos ver as cores e a maravilhosa luz no trabalho dela, um apanhando geral de seus últimos projetos.



Tem sido surpreendente o contato com os profissionais do colaboratório, os “bolsistas” são cada um mais interessante que o outros e os colaboradores surpreendem a cada residência, o encanto intelecto de Crhistine, o humor mais que inteligente de Jorge, a precisão do discurso de Marcelo, a competência e solidez do Ricky e a genialidade, crueldade e elegância de Julia.




Nessa residência atual com a presença do interprete fiquei pensando como é de fundamental importância a função do interprete que traduz o discurso buscando a emoção ideal, o tom a sutileza do falante, é sem dúvida essencial para que o entendimento e a comunicação aconteçam. Depois mais tarde fui relacionar essa figura para a cena, para arte como um todo. Seria então viável em alguns espetáculos a presença do interprete? A pessoa que traduz e que ajude na comunicação com o entendimento da questão, situação ou idéia proposta. Fiquei viajando em trabalhar com um interprete num projeto, alguém que faça uma tradução literal das cenas que ajude não só no entendimento da cena mais que assim como na língua dê mais clareza no entendimento do receptor. Tendo assim a garantia de que sua idéia foi passada e entendida como você quer que seja.




Marcou-me nas falas da Julia os três elementos do artista: O BURRO, O BOBO, E O DIABO. Curioso não? Parece novo inicio no colaboratório 2010 é como se a cada nova residência, desse inicio a outro processo sem perder a ligação com o todo. Já adquiri uma facilidade de me reconectar

quarta-feira, 30 de junho de 2010




De 05 a 09 de julho ás 9 horas, acontece a oficina de dança contemporânea com o coreógrafo Lívio Lima, ele é nascido em Teresina (PI), onde iniciou seus estudos de Dança em 1989 na Escola de Dança do Piauí. Mudou-se para São Paulo em 1990, onde freqüentou cursos com profissionais renomados como: Marcos Verzani, Beatriz Cardoso, Ricardo Ordonez, Toni Abott, Luiz Fernon, Ricardo Sheier, Marisa Balarini, Sonia Motta, Liliane Benevento, Ismael Guizer, Ioko Okada, Marika Gidali e Décio Otero.




Com a coreografia “Mira-me”, de Lívio Lima, o grupo de dança contemporânea do Programa Passo Certo da Klabin conquistou a fase final da Mostra Paranaense de Dança. A seletiva, promovida pelo Teatro Guaíra de Curitiba, foi realizada em Ponta Grossa, entre os dias 25 e 27 de junho.

“Com apenas dois anos de existência, o Programa Passo Certo, voltado aos filhos de colaboradores da Klabin, se consolida como iniciativa instrumental do desenvolvimento da cultura e educação. Através da dança temos contato com as diversas expressões da arte, como a música, interpretação, figurinos e cenários, elementos importantes para desenvolvimento da percepção, da reflexão e do senso crítico necessários ao processo criativo do ser humano.”, afirma Maria de Lourdes, gerente de Suporte e Serviços, que também participou da Mostra.

A banca avaliadora foi composta por profissionais integrantes da Associação de Bailarinos e Apoiadores do Balé Teatro Guaíra (ABABTG) e a próxima etapa acontecerá em Curitiba, em setembro.

PERFIL PROFISSIONAL (LÍVIO LIMA, TERESINA-SÃO PAULO):

Montagem do Balé “Quebra Nozes”, com a Cia. de Dança Cisne Negro / SP, sob a direção artística de Hulda Bittencourt e Andrey Gouldeilin. Com o Cisne Negro participou também de Maracatu do Chico Rei (coreografia de Mário Nascimento).

Integrante da Cia. de Dança Contemporânea e Neo-Clássica Quartier Latin (Santo André / SP), sob a direção de Marisa Ballarini. Já no segundo semestre, passa a integrar o elenco do musical infantil “A dama e o vagabundo”, com a Cia. de Teatro Escala, com direção de José Roberto Caprarole e Paulo Perez.

Ballet Stagium onde interpretou a obra “Tangamente” de Décio Otero.

Balé da Cidade de Teresina “E por nós o silêncio” de Sid Ribeiro (diretor e coreógrafo), participando também do Passo de Arte, Festival de Dança em Santos / SP, conquistando o segundo lugar.

Cia. de Dança Ballet Stagium / SP. Durante o período em que esteve na Cia. atuou como bailarino e cenotécnico (auxiliando nas montagens de cenário e luz).

Convidado pelo Instituto de Arte Coreográfica de Santo André / SP, sob a direção e coreografia de Nilson Soares (Alemanha) atua como bailarino solista, onde é convidado para participar de um espetáculo na Escola de Dança Ismael Guiser e Ioko Okada.

Desenvolveu sob a coordenação de Mara Martins (FUNDEF) a coreografia “Sonhe com os anjos” e também “Nos destinos” de Leonora Lobo.

Participa do Movimento Amorial com a Cia. Ballet Ataguim dedicado a Ariano Suassuna dirigido por Marika Gidali, com apresentações por todo o Brasil.

Cia. de Dança de Diadema atuou como bailarino criador na obra “Catinha um sonho e ruas...”

Teatro Itália de Dança. Em seguida, através das Indústrias de Papel e Celulose Klabin, recebe o convite para desenvolver um projeto de Dança, Passo Certo, para filhas de colaboradores, trabalhando coreografias e músicas modernas e contemporâneas, onde mais do que nunca consegue consolidar na prática a dedicação, satisfação, dança, arte e amor.

UFAAA!!!! QUANTA COISA!

INICIAMOS COM ESSA OFICINA UMA GRANDE PARCERIA COM O PROFISSIONAL LÍVIO LIMA.

O OBJETIVO DA ORGANIZAÇÃO PONTO DE EQUILÍBRIO E DESENVOLVER UM TRABALHO QUE POSSIBILITE AOS ARTISTAS, SUPORTE PARA CONSTRUIR E MOSTRAR SEUS TRABALHOS. O LÍVIO TEM SE COLOCADO DISPONÍVEL A CONTRIBUIR SEMPRE COM A DANÇA DO PIAUÍ POR TANTO É NOSSO GRANDE PARCEIRO.

SEJA BEM VINDO AMIGO, A ONG PONTO DE EQUILÍBRIO LHE ESPERA DE BRAÇOS ABERTOS.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Agende-se, "Dançando cresço e apareço"

Segue agenda da Escola de Dança Nação Tremembé, nos meses de junho, julho e agosto




JUNHO:
Dia 25 (sexta) as 18h. Arraiá da Fundação Pass Classice, coreografias: teresinança e roda de são gonçalo. Responsáveis: Valdemar Santos

Dia 27 (domingo) as 16h. Arraiá do Grupo Carvalho, coreografias: coco e caretas (3º ano manhã). Responsável: Cynthia Layana e Valdemar Santos.

JULHO:
Dia 04 (domingo) as 9h. Encontro dos Rios, coreografias: ciganas, baião sapateado e reis magos. Responsáveis: Kiara Lima.

Dia 11 (domingo) as 9h. Encontro dos Rios, coreografias: teresinança, roda de são gonçalo. Responsáveis: Valdemar Santos.

Dia 18 (domingo) as 9h. Encontro dos Rios, coreografias: pisa na fulô, cavalo piancó, floristas, Responsáveis: Rejane Rios, Maurea Oliveira e Juliana Marcia.

Dia 25 (domingo) as 9h. Encontro dos Rios, coreografias: coco, caretas e pastorinhas. Responsáveis: Cynthia Layana e Clea Raquel.



Agosto (Mês do Folclore)

Dia 15 (domingo) 9h. 1º Festival de Flores, coreografias: caretas, coco e cavalo piancó. Responsáveis: Cynthia Layana e Maurea Oliveira.

Dia 16 (segunda) 19h. 1º Festival de Flores, coreografias: teresinança e roda de são gonçalo. Responsável: Luis Carlos Vale.

Dia 18 (quarta) 19h. 1º Festival de Flores, teresinança, floristas, pisa na fulô. Responsáveis Juliana Marcia e Rejane Rios.

Dia 23 (segunda) 19h. Festival de Flores, coreografias: Teresinança, pastorinhas, baião sapateado. Responsáveis: Clea Raquel, Kiara Lima e Valdemar santos.

Dia 25 (quarta) 19h. Festival de Flores, coreografias: coco, caretas e cavalo piancó. Responsáveis: Maurea Oliveira e Cynthia Layana.



qualquer mudança na programação vou informando aqui.

terça-feira, 15 de junho de 2010

1ª PROGRAMAÇÃO PONTO DE EQUILÍBRIO

A ORGANIZAÇÃO PONTO DE EQUILIBRIO TAMBÉM DESIGNADO PELA SIGLA, OPEQ, CONSTITUÍDO EM JANEIRO DE 2010, É UMA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, SEM FINS LUCRATIVOS, E DURAÇÃO POR TEMPO INDETERMINADO, COM SEDE NO MUNICÍPIO DE TERESINA, PIAUÍ. TEM POR FINALIDADE O DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO, SOCIAL, CULTURAL, EDUCACIONAL E ECONÔMICO DO PIAUÍ E DO BRASIL, IMPLEMENTANDO PROGRAMAS, PROJETOS E ATIVIDADES QUE CONTRIBUA NA FORMAÇÃO E FOMENTO DA NOSSA ARTE.




Junho

Dias, 21, 22, 24, 28, 29 de junho e 1º de julho as 18h. Oficina de Dança comtemporânea com Ana Cecilia (Coreógrafa Boliviana).

Julho:

Dia 03 de julho, Inauguração do Espaço Ponto de Equilíbrio, 19h, apresentações artísticas.

De 05 a 09 de julho, turma manhã as 9h e turma tarde 15h, Oficina de Dança com Livio Lima (coreógrafo Piauí-São Paulo).

De 12 a 16 de julho, 16h, Oficina de Teatro com Franklin Pires (diretor e professor de teatro- Piauí).

Dias 19, 21, 23, 26, 28 e 30 de julho, 10h, Oficina de Contato Improvisação com Michele Tajra (coreógrafa, Fortaleza-São Paulo-França)



Agosto:

Projeto P.F. de Arte, sessões 12h e 13h.

dia 06, espetáculo "Meninas vestidos e segredos" (só homens cia. de dança),
dia 13, espetáculo "Quatro" (cia. equilíbrio de dança),
dia 20, espetáculo (dança eficiente)
dia 27, espetáculo "Sinos" (cia de teatro)

Dia 07, Festa mensal Ponto de Equilíbrio, 20h. DJ e apresentações artísticas.

Dias 02, 04, 09, 11, 16, 18, 23, 25 e 30 de agosto, 15h, Oficina de Pintura Artistica em camisas, com Avelar Amorim (artista plástico Teresina)

Mostra de processos Todas as quartas do mês de agosto, sempre as 19h.
dia 04 (meu corpo não é mudo, dança eficiente) ,
dia 11 (duo em tripé, dança eficiente),
dia 18 (horas, cia. equilíbrio de dança)
dia 25 ( a definir)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Circulação Dançando cresço e apareço "Nação Tremembé" prêmio Klauss Vianna

O projeto "Dançando cresço e apareço" recebeu o prêmio Klauss Vianna 2009 da FUNARTE Fundação Nacional de Artes, o prêmio valoriza inciativas como a realizada pela Escola de Dança Nação Tremembé, que fica localizada no Teatro do Boi e é mantida pela prefeitura de Teresina através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves atende cerca de 300 crianças, adolescentes e adultos com aulas de Dança e Cultura Popular. O projeto encontra-se agora em fase de circulação e apresenta em dez escolas da rede municipal de ensino um aulas-espetáculo sobre a cultura piauiense, é um apanhado de coreografias que vem sendo pesquisadas e desenvolvidas ao longo de cinco anos de trabalho. A equipe de trabalho tem a frente o coreógrafo Valdemar Santos em parceria com a equipe de professores: Luis Carlos Vale, Rejane Rios, Clea Raquel, Kiara Lima, Máurea Oliveira, Juliana Marcia e Cyntia Laiana e produção executiva de Mariselha Resplandes, tendo todo suporte técnico a cargo da Coordenação Municipal de Dança que tem frente o coreógrafo Sidh Ribeiro.

A baixo segue quadro de apresentações.








PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA – PMT
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA - SEMEC
Escola Municipal Prof. José Gomes Campos
Rua Chico Conrado S/N – Parque Wall Ferraz – CEP 64.009-910
Fone: 215 – 7988/ 226 – 6912 - Teresina - PI


CARTA DE AGRADECIMENTO


Teresina (PI), 1 de junho de 2010


Nós que fazemos a Escola Municipal Prof.º José Gomes Campos (Direção, professores, alunos, administração e comunidade) vimos por meio desta carta, externar os nossos sinceros agradecimentos pela belíssima apresentação de suas dançarinas nesta Escola, dia 31/05/10, pelo projeto “DANÇANDO CREÇO E APAREÇO”.
Esta Escola está de portas abertas para recebê-los em qualquer apresentação.


Muito Obrigado.




A Escola Municipal Simões Filho, agradece com alegria a rica apresentação do projeto "Dançando Cresço e Apareço" da Escola de Dança Nação Tremembé, Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves. Parabenizamos pela iniciativa
de, por meio da dança e da música, conservar e divulgar tradições populares. (Maria de Lourdes Dias-Diretora da Escola)





Projeto Dançando Cresço e Apareço
Prêmio FUNART de Dança Klauss Vianna

Circuito de Apresentações nas Escolas Públicas Municipais

Foi necessário “Ricky Seabra” vir a Teresina dizer que precisava me libertar!!!

Foi necessário “Ricky Seabra” vir a Teresina dizer que precisava me libertar!!!

Foi mais ou menos assim que me sentir depois de mostrar um exercício pros colaboradores no ultimo sábado. Isso teve inicio no dia anterior, depois de uma breve “DR” entre os colaboradores onde coloquei da necessidade que tenho de me mover e de fazer algo mais corporal. Durante dois anos venho de molho com relação a essa vontade de dançar e também a forma como a dança contemporânea vem lutando contra o movimento estruturado, pesquisado e ensaiado. Essa discussão ocorreu no começo de mais um dia de trabalho e deu uma discussão boa. Eu propus que tivéssemos uma pratica corporal diária como forma de concentrar as mentes e conectarmos para o trabalho. Alguns achavam desnecessários essa prática e que essa necessidade poderia ser suprida em outros momentos mais isolados e não àquelas horas dedicadas ao colaboratório.

O certo é que isso me levou mais tarde a uma nova conversa com Ricky, falei pra ele que sentia muita vontade de dança e que aqui vinha me sentindo sufocado pela “não dança”, que é uma tendência da atualidade, a dança que não é exatamente dança, ou que não pode ser elaborada de forma sistemática. Venho ha muito tempo sentido uma tendência muito grande nacionalmente, pois venho participando de muitos festivais pelo Brasil e vejo que tem sido padrão, trabalhos cada vez mais padronizados, isso me deixa muito intrigado e quero correr contra isso, preciso nadar contra corrente. Ouvi dele com um leve sorriso: Dance! Mova-se! Quem sabe vc não seja a pessoa que dança? Isso me soou tão bem, foram as palavras que precisava para libertação. Desde o começo do Colaboratório 2010 vinha sem me achar definitivamente em nenhuma das propostas, não conseguia me enquadrar muito bem nos “grupos”, até me identifiquei um pouco com grupo do “Discurso” (Junior, Gimena, Darwin e Jasmim) mais ainda faltava algo. O certo é que só agora pude realmente me tocar pra questão da dança na minha vida, do meu relacionamento com a dança, dos movimentos primários instalados no meu corpo. Ricky também me disse pra falar de nós, que tinha curiosidade de conhecer nossa história com a dança, interessa muito a ele nosso indivíduo, nossa origem. Mostrei então no sábado um apanhado da minha história com a dança que começou em Amarante minha terra natal que fica a 164km de Teresina onde morei até 19 anos.

Na infância tive a influencia da Xuxa, pois como minha mãe trabalhava pela manhã eu ficava sozinho e fui praticamente educado por ela. A dança do “passarinho quer dançar” foi o primeiro contato com algo estruturado eu tinha seis anos e me apresentei na festa das mães, nesse processo descobri o fascínio pelo figurino e o prazer de está em cena, alguns anos depois veio a lambada, dançava com as amigas da rua que morava, depois tive a influencia das danças populares como Cavalo Piancó e Danças Portuguesas que eu danço desde os 13 anos de idade. Na adolescência as minhas influencias foram os vídeos clipes de Madonna e Michael Jackson ou qualquer outro que dançasse. No Brasil amava e copiava Daniela Mercury e sempre quis ser uma “paquita” eu era tão impressionado com a Xuxa que certa vez sonhei com ela pousando sua nave no telhado da minha casa... Na época tinha uma vizinha que adorava botar a radiola para tocar e me chamava para dançar, eu me jogava e fazia um show que todos admiravam, era ai também que fazíamos muitas criações, ouvíamos de tudo, de Kaoma a Madonna, passando por Beto Barbosa, Daniela Mercury e RPM, foi realmente um período de fatura criativa, podia ter ali um espaço adequado para realizar minha dança. Na época minha cidade tinha forte atividade cultural, semana de cultura, aula de teatro, dança e musica, me lembro de na época fazer praticamente tudo que a cidade oferecia. Foi com as quadrilhas juninas que pude começar a viajar e ampliar meus horizontes, era certo já nessa época com dezesseis ou dezessete anos a certeza de querer me dedicar à dança como profissão.

Com minha mudança pra Teresina, com dezenove anos, tive a primeira aula de balé, dança folclórica. Comecei a freqüentar as boates, a noite da capital. As primeiras aulas de dança com grandes nomes da dança piauiense com Frank Lauro, Sidh ribeiro, Luzia Amélia, as dificuldade da época, dançar em qualquer lugar, de chão sujo ou espaço insuficiente, a rotina de companhias como Balé Folclórico de Teresina me saciava toda aquela energia de dança eu tinha uma ânsia de correr atrás do tempo “perdido” foi nessa época também que comecei a desenvolver mais meu lado criador, quando junto com o Balé Folclórico de Teresina montamos a coreografia “A dança do calango” que representa pra mim o primeiro contato com a dança contemporânea, uma dança que questionava e que dava espaço para criação dos interpretes, foi muito importante ter participado desse processo, lá fiquei por cinco anos sendo que no ano de dois mil, crie junto com os amigos Luis Carlos Vale e Elizabeth Battali a Cia. Equilíbrio de Dança.

Essa residência com Ricky tem sido muito importante, pois tem nos dado oportunidade de reconhecer nossas motivações primeiras e também nos feito valorizar nossas formações mais espontâneas e menos acadêmicas, é incrível como muitas vezes sufocamos nossas raízes e deixamos de lado o que temos de mais originais e autênticos. Somos seres únicos e estamos sempre buscando ser padrão, estamos sempre atrás do que está em alta e valorizando o que nos é externo, precisamos muitas vezes apenas nos voltar pra dentro e encontrar ali muita coisa inovadora, muitos impulsos primários que só precisam de uma oportunidade para se manifestar. Agora com essa questão posta à mesa começamos então a esboçar um trabalho muito rico, cheio de descobertas e liberdades, foi realmente um estalo criativo que vem aos poucos se expondo e mostrando um caminho fértil para todos colaboradores.

Valdemar Santos, Teresina 02 de junho de 2010.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Amarante nossa de cada dia...




Iniciei nesse fim de semana passado (22,23/05) um projeto que pretende fazer a remontagem do Espetáculo "Amarante nossa de cada dia" um texto escrito por Josélia Soares e encenado pela Grupo de Teatro Amarantus, na década de noventa. O espetaculo na época teve muita repercussão e tinha a direção geral de Selma Bustamante que na época foi contratada pela Prefeitura para junto com o grupo produzir a peça. Eu era um dos integrantes do grupo no período e pude sentir de perto a grandiosidade da ação, hoje entendo melhor tudo e vejo a potência e importância do projeto e certamente foi crucial para muitas das minhas escolhas artísticas, foi depois desse trabalho que tive realmente a certeza que deveria continuar investindo na profissão e que era exatamente isso que queria para minha vida. Com o Grupo Amarantus pude viajar e apresentar por muitas vezes e lugares diferentes, também pude ter a maturidade de trabalhar em grupo o que trago até hoje comigo, a idéia de companheirismo de apoio e incentivo que são fundamentas para sustentar qualquer trabalho era sempre presente tanto que guardamos até hoje muito carinho e respeito mútuo.



Essa nova montagem é resultado disso, a convite da professora Selma Maria Alves, recebi o desafio de remontar com os alunos do ensino médio no colégio Polivalente em Amarante a peça, o que deixou muito feliz pois a muito tempo venho buscando formas de contribuir com a cultura amarantina da mesma forma que venho ao longo de 14 anos desenvolvendo em Teresina e outra cidades do Piauí e do Brasil, sempre tive muita dificuldade para desenvolver minhas ações por lá e encontrei nesse projeto essa possibilidade, além de revisitar um lugar muito importante artisticamente pra mim, que é a montagem desse espetaculo, é a possibilidade de desenvolver em minha terra natal um trabalho de qualidade que projete nossa arte.



Portanto nos dias 22 e 23 de maio, estive em Amarante para o primeiro encontro com os interessados em trabalhar, foi uma grande surpresa termos oitenta jovens disponíveis a trabalhar, todos com disposição e uma vontade de aprender e se relacionar com mundo por meio da arte. Foi um encontro muito descontraído, começamos nos apresentando de forma diferentes, todos precisavam falar nomes, uma coisa que esperava no trabalho e o que não gostaria de encontrar. Foram muitas respostas interessantes, era muito presente nos discursos dos alunos um tom de incentivo, e de comprometimento, "não desistir" foi uma das questões mais levantadas, tanto que nos levou a uma discussão sobre como andam suas escolhas e limites, isso deu ponta pé para novas discussões, falamos sobre a importância de se comprometer com trabalho, a seriedade que devemos ter quando nos colocamos disponíveis a trabalhar em grupo, e principalmente o compromisso com arte, com as pessoas e consigo mesmo.




Foi uma conversa muito proveitosa que levou toda manhã. Fechei a primeira parte com uma tarefa que fizemos na tarde em grupos com mais ou menos onze pessoas. O exercício era a leitura do texto, deixando aberto para os grupos a forma como isso aconteceria, isso fez com que surgisse muitas idéias de direção ou mesmo composição do personagem. Esse exercício serviu também para que os alunos tivessem o primeiro contato com o texto e entendessem bem o todo, pois me interessa muito que todos saibam bem do que fala o texto e que estejam conscientes do que estão fazendo. Isso ficou bem claro pois eles depois das leituras fizeram observações e perguntas muito interessantes. Nenhum deles conhecia o texto que fala de Amarante, traz questões históricas, artísticas, lendas e também muitas questões políticas, ficou claro a necessidade de atualizar o texto e já inclusive iniciamos esse processo, eu juntamente com Selma Maria Alves e Tuquinha começamos a esboçar essas mudanças que são mais no sentido de atualizar termos, direcionar melhor as questões políticas e na ordem das cenas.



Nosso próximo encontro ficou marcado para dia 05 de junho.

Valdemar Santos

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Colaboratório 2010
Seguimos de seis países e mais seis Estados brasileiros para o primeiro encontrão com todos artistas selecionados para o colaboratório 2010 que teve sua imersão, ou residência no SESC Praia em Luis Correia interior do Piauí, a cidade tem poucos habitantes em torno de 27 mil, sendo mais ocupada nos períodos de férias e grandes feriados ou festividades. O litoral do Piauí é de 66 km, tendo sua maior extensão em Luis Correia. Encontramos as praias desertas prontamente disponíveis aos colaboradores/artistas, foi uma excelente escolha do local. Na abertura fomos apresentados a Eduardo Bonito, que é coordenador do Festival Panorama e do Projeto Colaboratório desde 2006, ele se colocou feliz por ver o projeto bem representado, em fase de andamento, com pessoas de diferentes regiões do Brasil, diferentes nacionalidades e maturidade artística, ele explicou que essa aproximação de três semanas busca um ponto de partida para a criação em colaboração, serve também para dar base metodológica para todo processo que dura três semanas e tem como principal objetivo as criações em parceria que terão espaço para exibição dentro da programação oficial do Festival Panorama que vem há dez anos desenvolvendo um espaço que pense no desenvolvimento artístico e no mercado da dança com a inconstância de fundos. O festival segundo ele, nasceu como forma de contribuir na circulação da dança e fortalecer as relações pessoais entre os artistas ajudando na criação de redes. É importante ressaltar que o projeto Colaboratório não tem apoio nacional todas as parcerias são feitas por empresas estrangeiras.
Em seguidas fomos “entregues” a Christine Greiner, que é professora do departamento de linguagens do corpo da PUC-SP e é entre outras coisas autora do livro “O Corpo. Pistas para estudos indisciplinados”. De forma modesta ela fez uma breve apresentação e revelou sempre ter duvidas em relação sua colaboração, de como ela pode contribuir. Digo modesta porque no desenrolar do processo vimos que ela tem muito sim a contribuir. Ela nos apresentou uma programação de trabalho com base nos questionários que apresentamos no processo de seleção e de forma bem sistemática criamos a rotina de trabalho para a primeira semana, então acordamos que pelas manhãs teríamos uma parte de conversa um momento mais teórico e as tardes uma exposição dos trabalhos dos colaboradores, um exercício de como mostrar uma idéia na prática. Ela nos trouxe questões que foram levantadas em nossos questionários como: O animado verso inanimado, a presença cênica, o gênero, o ativismo cultural, narrativa visual e tecnologia; outro ponto importante se refere à relação da dança com a performatividade a partir de determinados impulsos como a presença e o corpo presente.
Falamos também da consciência e percepção, a questão do percurso cotidiano, um estado de automatização em que somos obrigados a viver, ou seja, o estado de não perceber as pessoas nas ruas, como uma espécie de dormência da percepção, o cheiro, o toque, os incômodos a análise do outro entre outras questões que nos trona a cada dia mais automáticos. Nosso corpo não é só o lugar onde as coisas falam, mais, espaço onde a coisa acontece, em vez de rodear entre corpo e mente é melhor falar de corpo ecológico, corpo com antenas que estão em completa conexão com o meio, corpo como mídia primeira da comunicação, como algo que agi, possibilitando ações. Entender o movimento como nosso sexto sentido sendo objeto que dá “liga aos outros cinco sentidos”. Antes das ações existirem o corpo faz ações internas e o movimento está sempre presente na ação, o pensar é movimento. A emoção é física mais o sentimento é intimo. Existem maneiras diferentes de olhar e experimentar o corpo e a dança, o movimento vem como uma lógica do pensamento. Depois de quase 30 horas de trabalhos e translado, um banho de mar fez muito bem aos corpos. Antes de dormir depois do primeiro dia de trabalho, dei uma lida na apresentação e no inicio do primeiro capitulo do livro da Christine onde, aponta um recorte geral e preciso sobre os estudos do corpo. O fato de existirem muitos títulos que tem o “corpo” como tema central o que facilita o estudo no Brasil e pode também dificulta algumas escolhas, o livro de Christine pretende auxiliar aos que iniciam seus estudos sobre corpo. É mesmo um livro conciso e repleto de referencias atualizadas que inclusive preciso reler amanhã. Realmente Christine nos trouxe questões sustentáveis e que certamente serviram de embasamento para nossos desdobramentos. Falamos muito, com ela foram longas e proveitosa conversas, era como ela mesma falava “muito trabalho físico, pois pensar é uma ação inevitavelmente física” o dia acabava e estávamos tombados de cansaço ficávamos o dia inteiro apresentando alguns trabalho e depois conversando e analisando tudo, sempre tínhamos o momento da troca de sensações, era uma forma diferente de nós relacionarmos e dessa forma iniciar as primeiras conexões o fato é que isso realmente aconteceu e foi ai que demos inicio as buscas de ligação e diferenciação, é importante saber o que queremos e que não queremos, é necessário entender nossas motivações atuais. Percebemos que as questões que estavam contidas no formulário de inscrição certamente se modificaram e isso é um fato, pois a mudança é movimento e está vivo é mudar um pouco a cada dia, a técnica na relação com ambiente que diferenciam, por exemplo, os corpos de pessoas que moram em cidade com rios têm vocabulário corporal bem distinto dos que moram em cidades em montanhas ou muito frias, isso serve pra entender um pouco que dependendo do ambiente que o individuo está inserido muitas coisas podem mudar e aquele ambiente nos abria outras perspectivas e motivações. Falamos também de jogo na dança. “Agon” é o jogo de competição que deve ter ambiente de igualdade de modo a dar um valor incontestável ao vencedor. “Allea” é tipo de jogo do destino é de onde vem a noção de aleatório, onde se vive no risco sendo lançado ao destino. “Mimetismo” é jogo de aceitação temporária de uma ilusão. “Vertigem-Ilinx” jogo que coloca em estado limite, cercado de situações de decisões. Discutimos também a “Representação” que segundo alguns estudiosos seu ato criam, distorção, desproporção, distinção, dissolução, dissecação. A representação pré pensa no olhar metamórfico e tem a pele como categoria primária da dor, essa metamorfose tem a ver com entendimento e movimento com micro movimentos que acontecem no estado corporal. No começo da história tinha-se a idéia de que na performance não se representava e sim apresentava o que hoje em dia é muito questionado, a semiótica é o estudo das representações, a representação nunca é algo isolado, ela passa por diversas outras ações e dessa forma está associada a tudo que se refere a gente. Representação no nível da percepção onde a vida não está isolada e sim fazendo parte de uma associação. A primeira semana com Christine acabou deixando espaço fértil para segunda, tivemos dois dias de folga o que deu pra repousar as informações e organizar melhor o bombardeio de informações, foi muito produtivo intelectualmente pois ela trás na bagagem um turbilhão de referencias que vou levar alguns anos pra conhecer melhor, foi ai também que demos inicio ao começo de novos processos, de entendimento e desentendimento.
Na segunda semana tivemos a colaboração de Jorge Alencar, e já tínhamos os nomes de todos os colaboradores decorados: Damares, Jasmin, Samuel, Jacob, Juliana, Cecília, Valdemar, Datan, Joubert, Junior, Cris, Himena, Patrícia, Léo, Vandré, Vitor, Cleide, Darwin e Agnaldo. Jorge se colocou disposto a receber indicações e informações dos andamentos até então, ele veio sem um cronograma pré-estabelecido mais tentando entender como pode colaborar no projeto. Primeiro ele quis um relato de como as coisas estão depois da semana Christine Greiner e a partir daí elabora a segunda semana entendendo-a como um processo importante no projeto. De fato foi uma semana muito importante, pois a forma descontraída e bem humorada trazida por Jorge deu espaço para que as conexões se efetivassem e assim pudéssemos dar um passo maior no direcionamento de nossos trabalhos nas colaborações. Isso de fato aconteceu a passagem dele nos deu uma afinação, nos sintonizou no caminho de definições necessárias para situar o entendimento de trabalho colaborativo, penetrar nesse caminho de entrega e escolhas, penetrando intensamente dentro da ação, a idéia como debate sobre dramaturgia e como lidar com as inquietações pessoas e levantar dentro desse caldeirão de idéias e egos. Como trabalhar em grupo sem deixar que idéias se percam pelo caminho? Que critérios de trabalho juntam as pessoas na busca por interesses comuns? Como ligar os pontos? Resposta para essas perguntas ainda não encontramos mais já consideramos grande vantagens elas terem surgido. A dissonância, o abandono, a reestruturação de prioridades, esse é um espaço onde preciso deixar um pouco de lado meus interesses pessoais em detrimento da idéia alheia, sem se perder na obscuridade absoluta, potencializando o nível de atenção dentro desse espírito de colaboração, além do acaso existem ligações onde a pessoa traz material para experimento dentro da estrutura de colaboração. Sobre escolhas, encaminhamento e organização dos elementos, percebemos que é preciso dar tempo as coisas, entender o trabalho com uma preocupação, ou atenção, no tempo de cada ação esse é o ponto chave do trabalho. O colaboratório tem sido espaço propício para a troca de informação, afetividade, conhecimento, de se apegar, de não entender muito bem, de comprometer-se. Estamos ligados por uma boa dose de entrega ao inesperado e a objetividade, é sem duvida uma grande experiência profissional.

Pra fechar as três semanas, nada melhor que Marcelo Evelin, depois de dois messes na Holanda ele vem direto cair no Colaboratório, nesse período as coisas já andavam bem estruturadas, as relações pessoais já tinham se estabelecido e ele encontrou um lugar extremamente descontraído, até por que vínhamos de três dias de folgas absolutas o que nos possibilitou um relação mais profunda. Chega ele em plana segunda com disposição pra trabalhar e com o grande desafio de concluir esse primeiro processo que é justamente o inicio de tudo. Como sempre muito bem articulado e observador ele nos propôs logo de cara que preparássemos um resumo do que tínhamos construído nessas duas semanas. Era um desafio lançado, tínhamos que mostrar em menos de duas horas o resultado de nossos intensos trabalhos, ele queria que colocássemos as questões que pretendemos desenvolver nas criações, foi meio desesperador, o fato de ter que “mostrar” deixou a todos estressados, uma sensação de estréia. Mais no fim foi muito produtivo e de fato as colocações que ele fez dos trabalhos nos levou a outro grau de entendimento. Foi crucial essa ação proposta por ele, ao final tínhamos mais dúvidas, isso foi importantíssimo, pois fez com que cada grupo pusesse realmente refletir sobre as suas questões. Os últimos dias foram então de afinação, conseguimos consolidar mais nossas idéias e afinar mais nossos ponteiros. Foi realmente com Marcelo que pudemos sentir que o trabalho tava indo pra uma direção certeira. Com ele também tivemos inumes conversas que varavam a noite o que acelerou muito a afinação entre os grupos. Fizemos nos dias seguintes uma série de mostras de processos e exercícios o que serviu para aproximar e definir um alinha de trabalho, mais sempre deixando claro que por se tratar de um processo artístico é portanto vulnerável a mudanças e certamente isso é fundamental, pois como vínhamos percebendo desde o começo do encontro as mudanças fazem parte da criação, ela é necessária para que construamos trabalhos fortes e coerentes. Foram muito ricas as dicas e sugestões de Marcelo, deu pra sentir o potencial criativo dos colaboradores e também serviu para que pudéssemos projetar nosso trabalho com foco no objetivo primordial que é criar em coletivo, um processo necessário dentro do projeto.
Por fim tivemos uma festa de despedida que aconteceu na casa de praia da família do Marcelo, foi uma festa aconchegante que teve coroação com um banho de mar e um céu repleto de estrelas, uma imagem merecida depois de tanto trabalho. O mais legal e que esse processo foi só o começo de uma grande estrada que será concluída em novembro no Panorama do Rio de Janeiro mais que antes tem algumas escalas com outras grandes colaborações.

Valdemar Santos, 20 de maio de 2010, Teresina, Piauí, Brasil.

sábado, 15 de maio de 2010

Colaboratório 2010

Seguimos de seis países e mais seis estados brasileiros para o primeiro encontrão com todos artistas selecionados para o colaboratório 2010 que teve sua 1ª imersão, (residência) em Luis Correia (PI) durante três semanas. O local de destino é o SESC Praia; a cidade com poucos habitantes em torno de 27 mil, sendo mais ocupada apenas nos períodos de férias. O litoral do Piauí é de 66 km, sua maior extensão em Luis Correia suas aguas lindas e quentes contribuíram para que o trabalho fosse mais prazeroso. Encontramos as praias desertas prontamente disponíveis aos colaboradores/artistas, foi uma excelente escolha do local. Na abertura fomos apresentados a Eduardo Bonito, que é coordenador do Festival Panorama e do Projeto Colaboratório desde 2006, ele se colocou feliz por ver o projeto bem representado, em fase de andamento, com pessoas de diferentes regiões do Brasil, diferentes nacionalidades e maturidade artística, ele explicou que essa aproximação de três semanas busca um ponto de partida para a criação em colaboração, serve também para dar base metodológica para todo processo que dura três semanas e tem como principal objetivo a criação em parceria que terão espaço para exibição dentro da programação oficial do Festival Panorama que há dez anos desenvolvendo um espaço que pense no desenvolvimento artístico e no mercado da dança carioca como a inconstância de fundos. Nasceu como forma de contribuir na circulação da dança e fortalecer as relações pessoais entre os artistas ajudando na criação de redes é importante ressaltar que o projeto não tem apoio nacional todas as parcerias são feitas por empresas estrangeiras.





sexta-feira, 30 de abril de 2010

Bom dia da dança!



Quero primeiro agradecer pela oportunidade de representar a voz de muitos profissionais que tem na dança a possibilidade de expressar sua arte. Quero também agradecer em especial o apoio da Assembléia Legislativa, que entrou como parceira na realização do evento.

O Dia da dança é comemorado em todo mundo e busca dar mais visibilidade a dança, abrindo espaço para uma discussão em torno de sua função e importância na sociedade. Teresina ou melhor, o Piauí não poderia está fora dessa comemoração.

Tive nesse ano a oportunidade de está como representante da dança piauiense na II Conferencia Nacional de Cultura onde pude ter contato com profissionais de todo território nacional e dessa forma conhecer um pouco a realidade da dança brasileira. Foram muitas as questões levantadas nas diferentes regiões, as experiências e desafios se assemelham e as dificuldades também, a falta de apoio financeiro, a idéia de que a dança é só passa tempo ainda insiste em alguns meios. Porém o que considero mais urgente a nossa realidade são as que tratam do assunto formação, fruição, questões que se referem ao ensino e formação em dança e do fomento da dança em todo Estado. Pois a realidade hoje no Piauí é que, a dança só acontece em Teresina o que deixa muitos potenciais espalhados pelo Estado sem oportunidade. Outra questão importante é a aproximação dos agentes e profissionais que trabalhem com cultura com o Legislativo para que construam um diálogo consistente, elaborando leis e apoiando projetos que fortaleçam os alicerces e fomente a dança no Estado.

Quero também filosofar um pouco sobre a força e importância do discurso positivo nesse sentido, conhecendo melhor nossa dança a sociedade pode construir um discurso positivo ao seu respeito, divulgando e valorizando esse nosso potencial, assim como acontece em outras áreas como o turismo por exemplo.

São muitos os exemplos positivos que temos na dança do Piauí, ao longo dos anos temos conseguido visibilidade nacional e destaque em festivais e mostras por todo mundo, são exemplos Lina do Carmo, Marcelo Evelin, Lenora Lobo, Eleonora Paiva e todos que atuam hoje e que conquistam a cada dia mais espaço e respeito.
Quero agradecer especialmente a Deus, todos os grupos, coletivos, academia e principalmente os artistas que vivem por e para da dança.

FELIZ DIA MUNDIAL DA DANÇA PARA TODOS E TODAS...

ASS. Valdemar Santos (Diretor Artístico da Organização Ponto de Equilíbrio)

Esse foi o discurso na Abertura do Dia Mundial da Dança.

AS IMAGENS FALAM POR SI MESMO