quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Entrevista para Liliane Pedrosa, Jornal Meio Norte

Como surgiu o grupo?
A Cia. Equilíbrio de Dança surgiu em 1999 no NAICA do Dirceu, como ministrava aulas la para crianças de 07 a 14 anos, sentia falta de uma continuidade como se no momento em que a adolescente entre em um estado de descobertas e desejos, o projeto abria mão dela para que entrassem outras. Ficava muito aflito com aquela situação, eram muitas que queriam continuar mais o projeto não contemplava, comecei por conta própria continuar com as aulas para algumas que insistiam em continuar e que não viam uma forma de continuar sem a atividade, como também fui carente de professor na infância e só comecei a dançar com 18 anos, a melhor atitude era continuar com trabalho com quem estava afim, fiquei dando aula pra turma a noite, depois que terminava o expediente normal. Começamos com 14 pessoas desse hoje estão Eu, Elizabeth Battlai e Luis Carlos Vale até hoje. dez anos depois muita gente já passou como o José Nascimento que hoje é do Balé da Cidade, a Jusandra Sobreira que hoje está na Cia. Luzia Amélia, também Elielson Pacheco no Núcleo do Dirceu, todos contribuíram e fizeram sua parte para o crescimento da Cia. Entramos para história da dança no Piauí como a primeira companhia independente a se manter criando e produzindo por mais de dez anos ininterruptos. Isso nos deixa felizes e nos prova que vamos no caminho certo.

Que dificuldades vcs enfrentaram ao longo desses anos?

Se for citar as dificuldades passaria horas, prefiro falar um diagnóstico, é fato de que precisamos ir para fora pra poder ser respeitado aqui, eu fiz capacitação técnica na Faculdade Angel Vianna no Rio de janeiro por minha conta, juntei uma grana e fui estudar e foi sem duvida a coisa mais importante que pode fazer por minha vida profissional lá tive contatos com profissionais de renome como Andréia Marciel, Paulo Caldas, Angel Vianna, Marcele Sampaio, Helena Saldanha, pude ver muitos espetáculos e trocar informações com inúmeros profissionais, foram os seis meses mais intensos da minha vida, penso em fazer isso novamente em breve. Outra coisa é o publico difícil de ir pro teatro de consumir, aqui não se consome dança, as pessoas não valorizam isso, o bom disso é que precisamos elaborar estratégias para trazer as pessoas pro nossos espetáculos e de alguma forma apresentar nosso trabalho com dignidade. Nos últimos anos vemos nos apresentando em lugares alternativos como Estação Ferroviária e Casa da Cultura, agora nesse ano aprovamos um projeto no Sistema Estadual de Incentivo a Cultura (SIEC) e estamos com apoio da FUNDAC na realização do projeto Dançando Onde o povo está, que faz um circuito de apresentações e oficinas em cinco cidades do Piauí. Parnaíba, Bom Jesus, Amarante, Monsenhor Gil e Teresina, aqui jpa fizemos vamos agora no dia 12 para Bom Jesus as outras cidades acontecem na segunda fase do projeto entre janeiro e fevereiro de 2010.

Quias as produções mais importantes? Você poderia falar sobre elas? A Cia chegou a ganhar algum prêmio? Participar de festivais fora do Piauí?
Étnico 2001
Por baixo dos panos 2003
O espaço quando ninguém vê 2004
Lendário Piauiense 2005
A vida intima de uma galinha 2006
Quatro 2007
Todo Lado 2008
Teresinança 2010

Diria que fazer por exemplo parte da programação local do Circuito Cultural Banco do Brasil por três vezes, ser convidado especial jurado e ministrar oficinas no Festival Dança Pará por três anos consecutivos, Prêmio Klauss Vianna de dança com projeto Dançando Cresço e apareço, Premio do SIEC Dançando onde o povo está e Dança Eficiente, Lei A. Tito Filho Estudo sobre o corpo Nº0224, são alguns dos prêmios também do Festival de Dança de Teresina, Fortaleza, São Luis, Rio de Janeiro e Monsenhor Gil.


Quais os projetos para 2010?

daremos continuidade ao projeto Dançando onde o povo está, indo as cidades de Amarante, Parnaíba e Monsenhor Gil, além das capacitações permanentes com aulas e oficinas que acontecem terças e quintas na casa da cultura de Teresina, também temos a criação do espetaculo MEU CORPO NÃO É MUDO com a Dança Eficiente, e do Estudo Sobre o corpo Nº 0224. vamos também continuar com a mostra Piauí Dança em diversas ruas de Teresina em parceria com mais sete companhias locais é um coletivo que pretende criar uma plataforma de exibição da dança do Piauí para o publico do Piauí, è um bom projeto que pretende trabalhar em coletivo, melhorando nossas relações e fazendo com que os grupos se conheçam mais profissionalmente o que também fortalece nosso trabalho de formação de publico para a dança.




Atualmente o que estão fazendo? Desenvolvem algum trabalho social?

Com as cadeirantes da Cia. Dança Eficiente e na Escola de Dança Nação Tremembé do Teatro do Boi com 311 crianças da zona norte, também vou começar um trabalho em Amarante que é minha terra natal e que conquistou do Governo Federal um Ponto de Cultura, ganhando um estrutura financeira e fisica para desenvolver diversas atividade culturais, fui convidado para coordenar a dança estou muito empolgado comesse projeto, também estou desenvolvendo um projeto do Instituto UNIBANCO na Unidade Escolar Higino Cunha em Timom, lá é com alunos do ensino médio.




Obrigada
Liliane Pedrosa

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