sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Oficina de Dança Contemporânea e Ensaio Só Homens de Dança.



Outro lado positivo no festival de dança de Teresina é a possibilidade de capacitação que oferece aos profissionais, escolhi a fazer oficina de dança contemporânea que foi oferecida de graça aos profissionais ligados a prefeitura de Teresina uma boa ação da Coordenação de Dança, sei que nada mais é do que é obrigação da entidade oportunizar aos seus instrutores uma possibilidade de manutenção e capacitação, algo muito importante, se consideramos que são esse profissionais que estão nas escolas municipais formando os futuros profissionais, precisamos de constante manutenção, se nos isolamos do mundo e não nos damos espaço para novos conhecimentos, acreditando sempre num processo infinito de conhecimento e possibilidades, sempre temos algo pra aprender é importante aprender pelo menos cinco coisas novas num dia, isso desde como abrir um e-mail a entender como apagar usando del no teclado ou mesmo uma informação nova, isso é aprender. Quem sabe onde fica o Ararras do Piauí? Saiba que é um lugar belíssimo berçário de milhares de araras, conheci semana passada, fiquei de cara com o encanto, e me sentir feliz por ver e aprender sobre aquilo, uma organização harmônica formada por milhares de pássaros, o certo é que aprender é infinito e necessário, é humilde e universal.



Por tanto aprendi muito com Mario Nascimento diretor e coreografo de uma companhia que leva seu nome é paulista e teve seus estudos iniciados em 1978 (dois anos depois que nasci) fez jazz, ballet clássico, dança moderna, fez dança na Europa, também estudou artes marciais, atletismo e composição de ritmos musicais; segundo ele já desenvolve a 15 anos um trabalho para condicionamento físico de companhias profissionais e em festivais pelo mundo haja visto que acaba de vir de um festival na Argentina. Sua aula é realmente pancada, há muitos anos não fazia aulas tão intensas, sempre com um preocupação de consciência corporal ele fala que desenvolveu essas aulas em uma serie que vai de um a quatro, cada nível com suas especificidades, ele nos trouxe o nível um que ele afirma ser um trabalho básico e necessário sempre em qualquer nível, realmente o trabalho é bem básico, tem aquela infinita preocupação de descobrir e usar o centro de gravidade, de despertar o movimento de dentro, do centro, do abdômen, essa é a grande descoberta corporal para qualquer corpo que dança, faz parte de um principio básico, é o abc da dança, infelizmente ainda temos uma geração de profissionais que não dão importância a isso, quando descobrir em dois mil e quatro em aulas de dança com Angel Vianna que ela me falava inúmeras vezes da minha deficiência nesse sentido, de ter um abdômen fraco e mal desenvolvido, comecei naquela época a perceber mais esse fato e passei a perseguir esse objetivo, e fui aos poucos vendo que existe uma força que realmente modifica seu modo de realizar os movimentos , que é necessária para uma boa execução dos movimentos, é primordial para o inicio de uma consciência corporal, é impossível ter noção do todo se não vemos e percebemos as partes.



Em seguida fui a casa da cultura onde pude ver o ensaio da Só homens Cia. de dança, que também provavam o figurino, assistir o dueto com Adriano Abreu e Samuel Alves, maravilhoso de ver, movimentação bem marcada, fluida, e com uma boa pegada de pesquisa de movimento, é uma companhia muito promissora, aposto muito no talento da Equipe, a galera se dá tão bem que moram juntos numa casa, fico passado com tanto apego, mais acho muito positivo, são profissionais abertos, fazem parte de uma nova geração que pensa a dança e a relação profissional sem apegos, sem egos, são uma companhia acessível e muito batalhadora, são também independentes o que me deixa mais feliz. Como falei pra eles daria uma atenção nesse trabalho para os olhares dos interpretes, como eles poderiam dançar juntos e estarem juntos o trabalho as vezes parece que é solo, não existe uma relação entre os bailarinos, foi minha contribuição positiva, gosto de falar dos trabalhos num sentido de crescimento de como “EU” acho que poderia ser feito, muitas vezes é só viagem...

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