quinta-feira, 22 de outubro de 2009

1ª noite do festival de dança de Teresina

A 1ª noite do Festival de Dança de Teresina foi um acontecimento sem duvida atribulado e intenso, realizado esse ano pelo pequeno-grande-homem da dança Sidh Ribeiro que se encontra hoje a frente da coordenação de dança da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, o festival está na 16ª edição e se apresenta ainda amador, a começar pelo formato competitivo que não contribui muito para o fomento da dança, e pode chegar até a se transformar em espaço de disputa de egos e batalha pra ser reconhecido como melhor e levar um troféu pra casa, esse formato competitivo de dança vem perdendo espaço e atualmente os festivais estão se transformado em mostra onde cada companhia apresenta seu trabalho que foi previamente selecionado, por falar em seleção o festival precisa ser mais rigoroso nesse sentido, dando espaço para trabalho com qualidade técnica, e que abra espaço para o aperfeiçoamento e a formação dos grupos que não forem selecionado, podendo até ter um espaço para que esse grupos se apresentem em outro momento.


A qualidade dos trabalhos mostrados hoje mostra uma fragilidade, falta base nos nossos bailarinos, a relação como o solo é deficiente, a limpeza na movimentação e até mesmo a consciência do que estão fazendo é falha, foram poucos os trabalho que se apresentaram maduros. De cara temos a apresenta do trabalho de Nazilene Barbosa “Só não falamos a mesma língua” coreografia impecável movimentação com “cheiro de Quasar” o que me alegra é bom ver outras forma de movimentação, o espetáculo ta bem de movimento, alguns bailarinos a cima do peso destoam o todo, coreografia boa de ver, o Balé da Cidade ta de parabéns é um trabalho forte e bem resolvido que trás humor e que abre espaço para os interpretes improvisarem, a trilha sonora é boa e a luz ajudou muito, o figurino precisa ser mais pensado alguns prejudicaram as formas dos bailarinos, destaque para os movimentos de Adriano Abreu e Maurea Oliveira.


Na competição veio uma série de Balé Classico mal feito, com crianças coitadas sendo prejudicadas por professores não capacitados que desenvolvem um trabalho sem noções básica de anatomia e acabam criando “monstrinhos” que sobem nas pontas e que giram sem ponta, precisamos fiscalizar melhor o ensino do balé clássico na cidade, pois foi perceptível sua fragilidade, destaque para Helly Batista com o bailarino Alef que certamente é um grande talento e certamente um bailarino nato que certamente vai brilhar muito, visivelmente um talento masculino nunca visto por aqui. Popular foi mais criativo teve a turma da Cleide Fernando que apresentou um trabalho espontâneo e ao mesmo tempo cênico com um roteiro definido e com muitas influencias populares, foi bom ver um trabalho tão criativo e original, o Clássico avançado foi sem base, foi quicado e fora de foco, bailarinas sem brilho, tombadas, fora de forma, aplausos para Helen e Izaká que salvaram a noite com um brilho contagiante, técnica apurada e concentração a flor da pele, apresentaram um trabalho profissional e consciente certamente o momento mais quente da noite.


Depois pudemos ver os populares avançados, pra ser sincero precisamos nos avaliar e melhorar nossas cabeças, as criações estão batidas e sem nenhuma preocupação com qualidade técnica, o Balé da UESPI precisa de ajuda, precisa reconhecer e pedir socorro, outra grande supresa da noite foi o BandeDança comandado por Cyntia Layana e quem vem ao longo dos anos surpreendo com criações bem resolvidas e elaboradas, mesmo com um numero grande no elenco a coreografia é espacialmente resolvida, os movimento são firmes e seguros, com pegadas e torções, o ritmo frenético, vivo, ufa que bom que terminou tudo bem, é certo que terminou tarde.

Um comentário:

  1. Obrigada Val, por me trazer um pouco do que foi a primeira noite de festival!
    Abraços, Nazilene.

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