quarta-feira, 10 de março de 2010

Mais um dia de Pré Conferencia Setorial





A abertura aconteceu no Museu Nacional de Brasília, em uma bela solenidade foram apresentadas as propostas da Conferencia que tem como principal objetivo principal o fomento da cultura e do ativismo cultural, sendo a conferencia então o coroamento de um processo que vem se construindo desde 2005 quando aconteceu a II Conferencia Nacional de Cultura. Com o auditório lotado com cerca de mil pessoas de todos os seguimentos artísticos e Estados brasileiro, representa sem dúvidas, um momento histórico na cultura do País. Outro importante objetivo da Pré Conferencia Setorial é a renovação dos Colegiados Setoriais e a Elaboração de propostas para discussão dos cinco eixos da II CNC, também espaço para se discutir a criação do Conselho Nacional de Cultura e do Plano Nacional de Cultura.



De fato são muitas as questões que fazem da pré conferencia um espaço para o exercício da democracia, é também um fato histórico por termos reunidos todo Brasil para a discussão de políticas publicas em todas as áreas, é um importante avanço e certamente resultado da permanente luta cultural. Só através de uma construção feita a partir de tantas vozes teremos uma cultura diversa e que respeite as especificidades de um país com extensão continental com manifestações tão diversa, é necessário dar-lhes poder de decidir o melhor para a realização de sua arte digna para a todos, transformando o processo institucional em política de estado sem deixar com que as mudanças de governo interfiram na execução e continuidade de nossas ações.




È certamente um processo de redemocratização da cultura, que constrói um processo político e participativo. Nesse momento a cultura vem sendo convocada para decisões antes tomadas apenas pela economia e administração, cerca 200 mil pessoas participaram das conferencias, quase três mil municípios realizaram de forma brilhante suas conferencias em todos os Estados Brasileiros. È momento histórico tendo em vista a platéia presente, respeito a diversidade cultural e regional, muitos setores que não se relacionavam com Ministério da Cultura tem agora a chance de dialogar, sendo essa a grande diferencia em relação a I Conferencia Nacional de Cultura, vamos buscar forças para garantir 1% do Orçamento Nacional destinados a Cultura, possibilitando viabilizar mais ações para o fortalecimento da cultura Nacional, precisamos dar ao Ministério da Cultura um caráter multifacetado que respeite e valorize todas as formas de expressão, sem distinções ou privilégios.

Foram dois dias de assembléias e discussões, apesar de termos aqui representante com interesses e necessidades distintas, foi necessário estabelecer um espaço de diálogo aberto o que contribuiu para resultados e decisões que tentasse da melhor forma desenvolver espaço adequado para trabalharmos com estrutura e perspectivas claras, que tenhamos uma cultura que valorize os artistas e suas atividades, sem discriminação ou apadrinhamentos, fazendo com que a cultura seja igualitária e deixe de ser privilégio de alguns estados. Foi importante termos aqui um panorama das ações e expectativas de todos Estados e buscar formas para a melhoria das condições de trabalho dos artistas brasileiros. Esse exercício de democracia não é fácil mais se faz necessário no momento em que muitas expectativas sejam desiguais e os interesses muitas vezes particulares.



Os avanços nas discussões foram intensas e muitas vezes refletia um total desinformação por parte do todo, que tiveram aqui a oportunidade de diagnosticar nossa realidade e de certa forma estabelecer parâmetros para se pensar políticas mais igualitárias sem exclusão, sem privilégios que respeitem e fomente ações que venham refletir a complexidade das ações culturais realizada por uma sociedade que foi e sempre será construída na diversidade


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