terça-feira, 19 de maio de 2009

Comemore Dançando

Por Maneco Nascimento

Um bom equilíbrio sempre dará um excelente resultado, sendo físico, na dança, então será 69,98% de eficiência textual de corpo realizada. Em sendo psicosensível, será 100% + hum de excelência artística. Então, como diria o “Velho Guerreiro”: ‘quem não se comunica, se trumbica’. Não se deve chover no molhado, mas caso precise, se sapateia no molhado porque sempre haverá motivos para se comemorar a dança do e no Piauí. E comunicação melhor é a da prática.

O projeto Piauí Dança Rio, um grupo de Grupos e Cias. de Dança da cidade de Teresina apostou no investimento da própria arte como forma de conseguir apoio da comunidade teresinense e carimbar o passaporte rumo ao Rio de Janeiro. Levar uma diversidade de linguagens, manifestações coreográficas e talentos elaborados em estúdios de dança para a rua e para o palco é uma proposta de abuso premeditado. Depois de passar com a versão do projeto pelo Theatro 4 de Setembro, dias 28 e 29 de abril – Dia Internacional da Dança- de 2009, com espetáculos na calçada e na câmara cênica, o Piauí Dança Rio chegou ao Dirceu Arcoverde feito um furacão furiosamente artístico e quente como requer o sangue e corpos de artistas das cênicas.

O Teatro Municipal João Paulo II se orgulhou de receber um projeto cheio de muito boas intenções, se sobrou algumas para o inferno deveriam ter sido aproveitadas na praça e no palco do Teatro, porque ficou um gostinho de quero mais.
Nos dia 15, 16 e 17 de maio de 2009 para prazer e doce deleite da comunidade que compareceu numerosamente com seus pais, filhos, netos e avós em olhos atentos e felizes ao exercício da dança apresentado, tudo foi festa e comemoração aos que apostam que é melhor dançar sempre, senão dança feio.

Na praça aberta, em frente ao TMJPII, a comunidade protegeu, com sua assistência, os resultados apresentados e interagiu a olhos preciosos. Houve espetáculos ímpares, como a aula de dança clássica, orientada pelo coreógrafo e professor Datan Izaká e, em seguida, o “Sinfonia da Chapada” sobre a música de Aurélio Melo, coreografia de Izaká, sempre com a CIA. Pars Classique; a CIA. Arte Dança, mostrou “Vitrine” com coreografia de Francisco Moreno; O NAI Dirceu, um elogio urbano em “Percurso” com coreografia de Beth Battali e a Escola de Dança Nação Tremembé, dançou “Baião Sapateado”, com coreografia de Kiara Lima. Segundo um dos produtores executivos do Piauí Dança Rio, Valdemar Santos, a proposta é apresentar o repertório das companhias de dança reunidas. Para o palco do Teatro Municipal João Paulo II, o projeto foi denominado Piauí Dança Dirceu. A pauta do dia 15 de maio trouxe os espetáculos “A Lenda de Zabelê”, com o Balé Popular do Piauí, coreografia de Sidh Ribeiro e “Colagem”, da Só Homens CIA. de Dança, coreografia de José Nascimento. Para o dia 16 de maio, o Balé da Cidade de Teresina apresentou “Nar Brenha”, coreografia de José Nascimento. O Núcleo de Dança Casa de Zabelê montou na praça, em frente ao Teatro, o próprio cenário e emprestou sua virtuose crítica e de estética de propósitos inteligentes ao espetáculo “Na Barra”, assinado por Fernando Freitas, foi show. Nada a dever às produções nacionais eficientizadas para objetivos de políticas públicas sociais, sem demagogia e proteçõezinhas oficiosas. No último dia de temporada do projeto, 17 de maio, a CIA. Equilíbrio de Dança não fez feio e “Todo Lado”, coreografado por José Nascimento preencheu significados e significantes, silêncios e economias detalhadas para uma dança que, se não comemorada, seria uma injustiça contra o ato criativo representado. E por fim, fechando bem a noite, a Virtus CIA. de Dança, brindou o público com “Risco” assinado por Sidh Ribeiro.
Vida longa à réstia de luz destacável nesse universo de egos inflamados dos detentores da dança do Piauí. O Piauí Dança Rio não é só uma boa idéia posta em cena, é uma idéia determinada em permanecer viva nesses corpos falantes às anatomias celebradas, presentes nas civilizações desde que o homem se fez gene criativo e sensível para refresco da própria sorte do ser comunicante.

Teresina, 17 de maio de 2009.
Texto: Maneco Nascimento.

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